Nós somos o sal, a terra é a terra!
Quando o sal fica com gosto de terra, tornando-se insípido, vira monturo, não sendo possível diferenciá-lo de um monte qualquer. Para ser sal, tendo sentido e significação, torna-se necessário manter o conteúdo imaculado. Destarte, a diferença não vai ser estabelecida e medida por critérios visíveis e de comportamento. Não é a maneira como falo, me comporto ou o tamanho de cabelo, o uso ou não de batom, o porte ou não de joias, o ter ou não ter… A diferença não é esta.
A diferença é ética, a qual se relaciona com as demais dimensões da vida, começando com as de natureza mais privada e indo para aquelas mais públicas. Não se está falando, aqui, de legalismos ou de literalismos; porém da manutenção do espírito de justiça, de verdade, de bondade, que se traduz em comportamento bondoso, que jamais se torna frouxo, e de uma liberalidade humana que jamais se torna libertina, mas que mantém um conteúdo de verdade, a qual não se transforma num moralista executor, mas de uma verdade vivida em amor.
Essa dimensão é diferenciadora, a qual se carrega, juntamente com Jesus, para dentro do mundo. Isso não pode ser negociado; isso não pode ser alterado. Só quando se mantém isso é que, mesmo nos vestindo como os outros cidadãos à nossa volta; ainda que fazendo parte de uma mesma comunidade de mundo e de relacionamentos e falando uma mesma língua; embora sendo pessoas vivendo uma mesma época que outras, somos radicalmente diferentes da geração da qual fazemos parte.
E que seja assim conosco, menos hipocrisia religiosa e mais paixão para viver como Jesus e salgar e dar gosto para aqueles que estão ao nosso redor.https://teologiasemmisterio.com.br/como-ser-o-sal-da-terra/
“Vós sois o sal da terra”.