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Segregação e Subjugação, uma utopia para os nossos trópicos.

A obra “Segunda Classe”, produzida em 1933 pela brasileira Tarsila do Amaral,
retrata a segregação de um grupo de pessoas em relação a uma aparente superior “primeira classe”. Nesse sentido, a subjugação de um conjunto de indivíduos sobre outro impulsona o desenvolvimento de polos de atividades laborais exploratórias. Portanto, cessar o uso da pobreza como método de controle e garantir a dignidade de trabalhadores ilustram a necessidade de combater o trabalho análogo à escravidão no Brasil.

Dito isso, é válido apontar o uso, pelos que reproduzem as condições laborais
supracitadas, da fragilidade socioeconômica de uma parcela da população como ferramenta de coerção. Isso decorre, principalmente, por um cenário de falha estatal de garantir qualidade de vida a todos os residentes do país, visto que, assim como durante a Segunda Revolução Industrial, condições insalubres e jornadas de trabalho abusivas eram aceitas em prol da subsistência pessoal ou familiar, semelhantemente aos brasileiros em contextos similares. Sob essa perspectiva, o desamparo financeiro de camadas socioeconômicas mais frágeis da sociedade permite a exploração desse contexto pelos que utilizam da necessidade de terceiros para oferecer condições degradantes no âmbito laboral e tê-las aceitas. Logo, torna-se evidente a ligação entre a necessidade de combater o trabalho análogo à escravidão e o resguardo da dignidade dos trabalhadores.


Outrossim, é fundamental ressaltar que a preservação dos que vendem sua mão de obra e dos direitos desses endossa a carência de extinguir o trabalho análogo à escravidão no Brasil. A partir desse viés, o livro “Quarto de Despejo”, escrito por Carolina Maria de Jesus, o qual retrata a experiência da autora brasileira com condições de trabalho degradantes e a privação de direitos sofrida por ela, e os dados divulgados, em 2023, pelo Ministério do Trabalho, que revelam o resgate de cerca de 2700 pessoas de condições de labor semelhantes à escravidão, explicitam a perduração dessa prática apesar do hiato temporal.

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Dessa forma, o combate ao labor símile à escravidão está intrínseco à
manutenção de um sistema que prejudica trabalhadores, pois, como relatado por Carolina na obra, direitos humanos e trabalhistas são negligenciados. Sendo assim, explicita-se a urgência de resolução da problemática para proteger a população e ultimar um ciclo arcaico de abuso.

Diante do exposto, cabe ao Governo Federal implantar a Renda Básica Universal, cujo valor deve ser definido com base em dados adquiridos por meio de uma pesquisa, a qual deve abranger todo território brasileiro, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fim de garantir estabilidade financeira aos cidadãos do Brasil e afastá-los da submissão a condições subumanas de trabalho em prol da subsistência. Feito isso, quadros como o de Carolina e o da Segunda Revolução Industrial não se estenderão às gerações seguintes e a “segunda classe” ilustrada por Tarsila supera a segregação e a subjugação.


Texto redação estilo o Enem produzido por Rute Moura.



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Pr. Sandro Eugênio

Eu sou formado em Teologia, Mestre em Ciências Sociais pela, UFRN e Reitor da Escola Cristã de Pastores em Natal, RN. Pastor a mais de 27 anos na Igreja Batista Cristã e quero subir com você para o monte Everest do conhecimento Bíblico. Com dedicação e aplicação dos conceitos aqui ensinados você se motivará em aprender e a proclamar a Bíblia, Vai aprender sobre pregação, leituras e se motivará a desenvolver o hábito de aplicar e viver a Poderosa Palavra de Deus.

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Devo ter compaixão por mim e pelo próximo.

Nada é mais importante do que seguir a Jesus.

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