Talvez você já tenha ouvido essa historinha, mas é bastante apropriada. “Certa vez uma menina encontrou um casulo pendurado num galho no meio da floresta. Ela pegou o casulo, levou-o para o quarto e o colocou em uma jarra de vidro, esperando o dia que a borboleta emergiria. Num belo dia, ela viu a borboleta dentro do casulo tentando sair. A borboleta lutava muito enquanto tentava sair através da abertura do casulo. A menina, observando aquela cena angustiante, decidiu ajudar o pobre inseto a sair sem muito sofrimento por aquele caminho tão apertado. Com boa intenção e muito cuidado, ela abriu um pouco mais a fenda do casulo. Depois disso, a borboleta conseguiu sair rapidinho, sem muito esforço. Mas, uma coisa estranha aconteceu… em vez de abrir duas belas asas, a borboleta exibiu duas asas murchas, enrugadas, feias e inúteis”.
Por quê? Deus projetou a borboleta e o seu casulo para que no ato de sua saída dessa abertura apertada ela sofra e lute para endireitar e fortalecer as suas asas.
Portanto, sem a pressão da abertura apertada, a borboleta teve roubada a beleza de suas asas e, o mais importante, dela foi roubada também a habilidade de voar para os céus. Ela ficou condenada a se arrastar pelo chão!
Lembre-se, quando somos fracos é que somos fortes. O poder de Cristo se aperfeiçoa em nossa fraqueza, em meio ao sofrimento.
Eu lembro quando tive a covid 19… o meu corpo não ficou bem, meus pés doíam, perdi quilos ligeiro, muitas dores nas pernas e fadiga. No meio da doença pensava… quando vai faltar o ar? Lutas… Mas, o poder de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza. Em uma das madrugadas eu li este poema sobre o livro de Rute e espero que o Senhor ministre ao seu coração:
Densas trevas
envolvem o meu ser.
Sozinha.
Com medo.
Minha mente é um sorvedouro
voltado para dentro
na direção de uma eternidade de sofrimento intolerável.
Eu costumava estender a mão
nas trevas desconhecidas com esperança.
Mas minha alma foi arrancada de mim, e eu já não tenho mais esperança.
Foi como um poço. Profundidade insondável. Humilhação tortuosa. Apenas o som de minhas lágrimas na impenetrável escuridão.
Eu me lembro desse poço,
e do medo,
e da desesperança
de uma eterna agonia da mente,
e da peregrinação cruel
no deserto inexplorado.
Agora eu me encontro neste oásis,
neste porto inesperado,
neste refúgio.
Eu não mereci esta graça
de ser arrancada daquelas profundezas todo-poderosas.
Eu não tinha esperanças,
mas quando voltei pelo caminho que trilhava,
vi uma mão cheia de graça
e um sorriso amoroso.
Eu vi uma luz orientadora
e senti uma asa protetora.
Aninhando-me no seu calor,
meu coração gelado se derreteu.
A negrura de minha alma
desabrochou em milhares de flores.
Minhas lágrimas se transformaram em joias, e minha amargura em mel.
Mas eu me lembro do poço.
Mantém-me, ó Senhor,
Segura
no refúgio das tuas asas.https://teologiasemmisterio.com.br/uma-angustia-desesperadamente-angustiosa-e-como-a-palavra-de-deus-pode-me-ajudar/
Saindo do casulo, com muito sofrimento!