Seguramente o Espírito Santo é a pessoa da Trindade que menos atenção tem recebido no curso da história da Igreja, bem como por parte dos teólogos nestes dois mil anos de reflexão teológica. Muito se fala sobre Deus, o Pai e como ele age. Também a Cristologia (doutrinas relacionadas à obra de Cristo) tem recebido atenção especial, e a tal ponto que muitas vezes nem sabemos que fazer com tantas teologias a respeito da natureza e da obra de Jesus.
Quanto ao Espírito Santo, aparece em doutrinas mofadas nos pesados livros de teologia sistemática, os quais muito raramente o povo de Deus abre e folheia; só mesmo os teólogos mais meticulosos o fazem. Há também um elemento imensamente contraditório relacionado à doutrina do Espírito Santo. Isso porque, não obstante, ele seja a Pessoa mais gregária por excelência na Trindade ─ ele é o supremo edificador, agindo na perspectiva da promoção da Unidade desde a dimensão da matéria física (da qual é o sustentador) até a vida espiritual da Igreja (da qual é o unificador) ─, sua doutrina tem sido pomo da discórdia, o elemento mais significantemente divisor da Igreja de Cristo no curso da história. No entanto, mesmo essa história ─ tão dividida em nome daquele que veio para unir ─ não nos permite negar-lhe a realidade de que o Espírito Santo tem agido. O Espírito também tem sido objeto de compreensões cristãs, a mais variadas, na maioria das vezes má compreensão. Pois é essa má compreensão acerca do Espírito Santo que ora faz dele um mero agente especial em pequenas reuniões de oração carismática, ora transforma em “energia” de Deus, uma espécie de força santa que age em nosso favor. Por outro lado, é comum acontecer de não o conseguirmos relacionar de modo claro, específico, a uma pessoa que sente. A maioria de nós não pensa nele como Pessoa e como Deus.
Então quem é, de fato, o Espírito Santo? Antes de mais nada faço esta afirmação categórica ─ que, aliás, talvez à grande maioria pareça redundante: O Espírito Santo é Deus.
Ele não é uma emanação secundária da divindade, como pensava o presbítero Ário, de Alexandria, aí por volta do ano 300. Ário propagara a doutrina de que Deus, o Pai, criara Jesus Cristo, o Filho, e o Filho criara o Espírito Santo e o enviara à Terra.
Essa doutrina ganhou algum espaço na Igreja Cristã, até que no ano 325, o credo niceno estabeleceu que Deus-Pai, Filho e Espírito Santo, são igualmente Deus; ou seja, um só Deus em três pessoas. Podemos afirmar que o Espírito Santo é Deus em razão de alguns elementos básicos significativos que estabelecem esta sua caracterização.https://teologiasemmisterio.com.br/a-doutrina-do-espirito-santo/
Verdade pastor e muitas vezes quando dizem que Ele está agindo no meio da igreja ou de uma reunião, não tem nada haver pq são coisas que constrange!