I Coríntios 16:1,2. Esta passagem não é necessariamente uma de ensino da
contribuição para a sustento da Igreja, do Culto, do Ministério; é antes, relativa à
beneficência para os crentes pobres da Judeia, como aparece em outras partes das Escrituras, agora esta passagem contém, entretanto, elementos valiosíssimos para a teologia da Mordomia, nomeadamente o princípio da proporcionalidade, que está na base do Dízimo, aqui não expresso, mas subentendido, na frase “conforme a sua prosperidade”. Esta expressão não sustenta a prática de qualquer cristão contribuir com “qualquer coisa”! Ou de “qualquer jeito.”
II Coríntios 8:1,3: Do mesmo modo, o objetivo deste ensino é a beneficência para
os cristãos aflitos pela crise na Judeia, destacando-se, entretanto, o princípio
básico de que aqueles que contribuíam não o faziam da sua fartura, muito ao
contrário, “de muita prova de tribulação” e “da extrema miséria”. Destacam-se
também a graça, a abundância de alegria, a generosidade, a voluntariedade.
Mas, quem diz que o Dízimo não pode ser entregue com estas mesmas qualidades?
II Coríntios 9:7 uma vez mais, as ofertas para os cristãos pobres da Judeia são
feitas com presteza, v.2, estão preparadas com tempo, v.3, com zelo, v.3, com
generosidade e não avareza, v.5, segundo o princípio da proporcionalidade, v.6 e,
sem constrangimento, mas com alegria, v.7.
Estas qualidades são sustentadas por aqueles que criam a disciplina de calcular, separar e entregar os dízimos de todos os seus rendimentos e não por aqueles que tiram uma moeda qualquer, apressada e inconscientemente do bolso quando sai para cooperar ou enviar o seu pix.
Filipenses 4:14,16, esta passagem, que é preciosa, não acrescenta algum
elemento novo, registrando o cuidado dos Filipenses pelas necessidades de
Paulo, que eles satisfizeram “o bastante”, não o mínimo. É preciso referir aqui que estes textos nada dizem contra a prática do Dízimo, e também que estas não são as únicas passagens sobre contribuição, havendo dezenas de muitas outras, que precisam igualmente de ser bem interpretadas.
Passagens didáticas sobre a cooperação neotestamentária.