REMADORES DO PORÃO
Depois de Jesus Cristo, o apóstolo Paulo é o maior líder espiritual que o mundo conheceu, mas ele se descreveu como “o menor dos apóstolos” (1 Co 15.9), “o mínimo de todos os santos” (Ef 3.8) e “o principal dos pecadores” (1 Tm 1.15,16).
Cinco marcas da humildade de Paulo são identificadas em 1 Coríntios 4.
Em primeiro lugar, ele estava contente como servo: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (v. 1).
A palavra que ele usou para “despenseiros” é “ruperetes”, que, literalmente, refere-se a um remador inferior, aquele que remava na fileira inferior de uma embarcação de guerra. Tais remadores não tinham nome, nem reconhecimento, nem honra. “Quando tudo terminar”, afirma Paulo, “que se diga que empunhei meu remo”.
Uma segunda marca da humildade de Paulo foi sua disposição de ser julgado por Deus. Em 1 Coríntios 4.4 ele escreveu: “Quem me julga é o Senhor”. Paulo não buscava a aprovação dos homens e também não se importava com o que os homens pensavam dele. Deus era a plateia diante de quem ele executava seu ministério; e também era a pessoa a quem ele procurava agradar a todo custo.
Qualquer avaliação humana de seu ministério, fosse a dos outros ou a dele próprio, não tinha importância.
Em terceiro lugar, Paulo se contentava em ser igual aos outros servos de Deus. Em 1 Coríntios 4.6, ele os adverte para que não o comparem a Apolo. Ele não queria que seus leitores o elevassem. Paulo e Apolo não estavam competindo. Além disso, Paulo não se considerava melhor que Apolo. A descrição que o puritano Walter Cradock faz de um homem humilde harmoniza-se perfeitamente com Paulo:
1. Quando olha para outro pecador, considera que já foi pior que ele.
2. Um coração humilde considera-se ainda pior.
3. Foi Deus quem o fez, e nada fez por si.
4. Considera que o mais vil dos pecadores pode ser, no devido tempo de Deus, melhor que ele.
Em quarto lugar, Paulo está disposto a sofrer (1 Co 4.12,13). Ele sofreu pela causa de Cristo como poucos sofreram na História, cumprindo assim a predição do Senhor no momento em que se converteu (At 9.16). Paulo detalha um pouco desse sofrimento em suas cartas aos coríntios (1 Co 4.9-13; 2 Co 11.23-33).
Sua exortação a Timóteo: “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo” (2 Tm 2.3), é seu desafio a cada pastor, pois todos enfrentarão sofrimentos. Como observa Sanders:
“Ninguém deve aspirar à liderança na obra de Deus sem que esteja disposto a pagar um preço mais alto que aquele pago por seus contemporâneos e colegas.
A verdadeira liderança sempre impõe uma carga pesada sobre o homem, e quanto mais eficiente a liderança, mais alto o preço a pagar”. Spurgeon apresenta um motivo pelo qual os pastores podem contar com sofrimentos:
“É preciso que às vezes enfrentemos durezas. Aos homens de bem foram prometidas tribulações neste mundo, e os ministros podem esperar maior parte do que outros, para aprenderem a simpatizar com o sofredor povo do Senhor, e assim possam ser aptos pastores de um rebanho enfermo”.
Por fim, Paulo estava contente por sacrificar sua reputação. O alvo do pastor não é tornar-se popular diante do mundo. Os que pregam com firmeza contra o pecado e vivem de modo piedoso sacrificarão a reputação e o prestígio público.
Esses irão sofrer rejeição, enfrentar oposição e suportar injúrias. Paulo descreveu sua própria perda de reputação ao afirmar:
“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Temos chegado a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos” (1 Co 4.9,13).
Muito bom, sempre uma bênção o pastor Sandro
Ótima reflexão!
Excelente reflexão!
Glória a Deus por esse touro brabo que o Senhor Jesus amançou e colocou seu julgo nele ele disse o amém p o trabalho!